• instagram
  • facebook
  • twitter
  • youtube
  • tiktok

Lutar pelo fim da violência contra as mulheres é lutar contra o fascismo!

por unidadepopular

  25 de Novembro de 2022

Autoras: Movimento de Mulheres Olga Benario

Dia 25 de novembro é o dia internacional de luta contra a violência à mulher desde 1981. A data marca o assassinato das irmãs Mirabal (Minerva, Patria e Maria Tereza), mortas brutalmente por lutarem contra a ditadura fascista de Rafael Trujillo, na República Dominicana. No Brasil, no dia 25 de novembro de 2016, o Movimento de Mulheres Olga Benario, para homenagear as irmãs, organizou a 2ª ocupação de mulheres da América Latina,  a Casa de Referência Mulheres Mirabal, que completará 6 anos este ano!

As taxas altíssimas de violência contra as mulheres no mundo todo nos impôe a necessidade de um dia de luta!  A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 1 a cada 3 mulheres do mundo todo (ou 35%) já foram vítimas de violência física ou sexual [1]. O último relatório do Observatorio de Igualdad de Género de América Latina y el Caribe, indica que, ao menos, 4.091 mulheres foram vítimas de feminicídio em 26 países da América Latina, sendo 1738 no Brasil, país em que, em 2021, 1 mulher foi vítima de feminicídio a cada 7 horas, de acordo com o Fórum de Segurança Pública. Nosso país é o 5º do mundo em assassinato de mulheres.

Apesar das mentiras contadas por Bolsonaro, durante seu governo, houve um aumento de 9,1% nos casos de feminicídios e, 34,6% nos casos de ameaças. Além disso, uma de suas últimas medidas de governo foi cortar mais de 90% da verba destinada às políticas públicas de enfrentamento da violência contra as mulheres. Vale ressaltar estes fatos, pois seguidores de Bolsonaro clamam por uma intervenção militar para implementar uma ditadura semelhante a implantada em 1964 no Brasil, em que milhares de mulheres, crianças e trabalhadores foram mortos, torturados e estupradas, semelhante à ditadura de Rafael Trujillo, governo que assassinou brutalmente as irmãs Mirabal, homenageadas neste dia 25 de novembro. Assim, é possível termos uma ideia do que a extrema direita defendem para as mulheres, regimes de repressão que aumentam a violência contra as mulheres!

Neste sentido, a luta das mulheres contra a violência também é a luta contra o fascismo, que apesar de ter sido derrotado nas urnas em vários países da América Latina, como na Argentina, quando Maurício Macri (apoiado por Bolsonaro) foi derrotado por Alberto Fernandez, em 2019; na Bolívia, o golpe militar apoiado por Trump logo foi revertido pela eleição de Luiz Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS) e com a derrota do candidato do fascismo, Bolsonaro, perdeu as eleições para presidência para Lula, no Brasil. Ainda é necessário combatê-lo nas ruas de toda a América Latina. E como nos mostra a história, as mulheres são fundamentais nessa luta, como o exemplo das irmãs Mirabal que lutaram contra o regime fascista e por uma sociedade mais justa. 

“Se me matam, levantarei os braços do túmulo e serei mais forte” – Minerva Mirabal

Foto: Jorge Ferreira – Jornal A Verdade